Assim como nos humanos, os cuidados com a higiene bucal são muito importantes para os animais
Restos de alimentos presos nos dentes servem de pasto para bactérias que formam a placa bacteriana. Aos poucos essa placa vai se intensificando e quando mineraliza origina o cálculo dentário, conhecido por tártaro. Esse problema é bastante frequente e pode atingir tanto humanos quanto animais.
Aliás, estima-se que ele esteja presente na dentição de cerca de 80% dos animais adultos e, negligenciados, podem dar origem a diversos problemas, trazendo inclusive risco à saúde do animal.
Apesar de não provocar dor, o tártaro proporciona um ambiente que favorece a proliferação de bactérias e substâncias tóxicas provenientes de seu metabolismo. A partir dele, o animal pode desenvolver gengivite - comprometimento das gengivas, que passam a ficar avermelhadas, inchadas e até apresentar sangramentos ao serem tocadas.
Cuidado com as infecções
Caso o animal passe por processos de limpeza, a situação é reversível e as gengivas voltam ao normal. Contudo, se o quadro caminhar para uma periodontite (infecções nas gengivas que provocam a desmineralização do osso que sustenta o dente e deixa a sua raiz exposta, causando a retração ou crescimento desordenado da gengiva), a situação pode se tornar irreversível.
Além disso, a partir das infecções locais promovidas pela periodontite e gengivite, as bactérias que se desenvolveram na boca podem entrar na corrente sanguínea do animal, ser transportadas por todo o organismo e contaminar coração, rins, fígado e articulações, e dar origem a outras patologias mais sérias.
Mesmo com alto índice de ocorrência entre os animais, o tártaro pode ser removido com um procedimento de limpeza chamado tartarectomia. Segundo Amanda Carvalho, 28 anos, veterinária do departamento técnico da Vetnil, é bastante importante que os donos se certifiquem que “o profissional que fará a limpeza possui o material odontológico necessário. O animal deve estar anestesiado e a melhor opção é a anestesia volátil.”
Cuidados no dia a dia
Para que o tártaro não se desenvolva, o ideal é que o dono realize escovação dos dentes do animal todos os dias, ou ao menos quatro vezes por semana depois que o animal complete um ano de vida: a gengiva dos filhotes é muito sensível e pode se machucar com facilidade.
Contudo, é importante que o animal não se estresse e se relacione com o momento da escovação de forma positiva, o que pode ser propiciado através de alguns petiscos funcionais que, além de cumprirem muito bem com esse papel, ainda contribuem com a saúde bucal ao provocarem atrito e combaterem a formação de mais tártaro. Nos casos de animais muito grandes ou muito ariscos, Amanda sugere que seja aplicada a mesma anestesia volátil utilizada por veterinários no procedimento de eliminação do tártaro.
Petiscos funcionais:
Guloseimas para a hora da escovação contribuem com a saúde bucal doanimal ao ajudar na prevenção doaparecimento do tártaro.
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